O turismo do Japão está em crise. Tem gente famosa com medo de fazer show no país. Mas o correspondente Roberto Kovalick descobriu um ídolo que fez questão de se apresentar lá. É Justin Bieber dando exemplo.
O lugar pode não ser um dos mais bonitos de Tóquio, mas é um dos mais procurados pelos turistas que visitam o Japão. Akihabara é o bairro dos produtos eletrônicos onde as lojas têm andado vazias. O número de estrangeiros caiu mais de 60% logo depois do terremoto e do tsunami.
“Até que está vindo chinês, a passagem baixou”, diz o gerente da loja Paulo Shiraiwa.
O preço dos pacotes para o Japão caiu em média 40%, em uma tentativa de animar os turistas a voltarem ao país. Além da possibilidade de novos terremotos, o risco de radiação vindo da Usina de Fukushima também assusta. Isso também está afetando a vida cultural do país. Artistas estrangeiros estão evitando ir até o local. A ópera “La Bohème”, por exemplo, em Tóquio perdeu sua principal estrela.
A russa Anna Netrebko, a mais celebrada soprano da atualidade tanto pela voz quanto pela beleza, se recusou a participar da temporada de ópera no Japão, já que a família e os amigos sofreram muito no acidente da Usina de Chernobyl, em 1986. Na lista dos que cancelaram shows, também estão vários roqueiros, como Slash, ex-guitarrista do Guns and Roses, Jimmy Page, ex-guitarrista do Led Zeppelin e o grupo Iron Maiden.
Mas quem deu uma surpreendente demonstração de coragem foi o ídolo adolescente Justin Bieber. Parte do grupo que o acompanha se recusou a ir ao Japão para uma série de concertos programados para o mês de abril. Bieber disse que, se precisasse, iria sozinho e foi. O cantor fez as apresentações marcadas. Encontrou-se com vítimas do terremoto e tsunami e ainda dedicou uma música ao Japão, chamada “Pray”, que quer dizer “reze”. Apesar de muita gente torcer o nariz para as músicas de Bieber, agora, ele conquistou de vez os japoneses.
Creditos: Pankake Bufalo News
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